domingo, 21 de novembro de 2010

Diretor da Associação Internacional do Transporte Aéreo critica o Brasil e a América Latina


O diretor-geral da Iata (Associação Internacional do Transporte Aéreo), Giovanni Bisignani, fez nesta quinta-feira (18/11) duras críticas à infraestrutura aeroportuária e ao sistema tarifário do Brasil e da América Latina. O diretor da entidade, que representa mais de 200 companhias, qualificou as instalações como “inadequadas”, “vergonhosas” e “crescente desastre”.

Ele argumentou que 13 dos 20 aeroportos não podem mais acomodar a demanda nos terminais existentes. Em encontro de líderes de companhias aéreas no Panamá, Bisignani contou que no começo do ano a Infraero (Empresa de Infraestutura Aeroportuária) propôs fechar uma pista do Aeroporto de Guarulhos durante vários meses de 2011. “Isso teria cortado a capacidade pela metade. A Iata reivindicou e o governo está buscando outra alternativa”.

O diretor reforçou que é urgente a melhoria nessa área, pois a demanda não para de crescer. Atualmente, o Brasil tem o maior crescimento econômico da América Latina e estima-se que o setor aéreo do país vai crescer a taxas de 10% ao ano até 2028.

Bisignani também se queixou dos custos da infraestrutura no país. Segundo ele, a Infraero quis aumentar em 20% as taxas para o sub-standard facilities” (estrutura de segunda categoria). Na América Latina, reclama que países do Caribe estão querendo faturar US$ 287 milhões com impostos sobre turismo. “Os governos devem entender que o setor aéreo não é uma vaca leiteira”, concluiu.

Fonte: aeromagazine.com.br

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